Indivíduos que já foram diagnosticados com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e dislipidemia (colesterol alto) devem consultar um cardiologista com frequência. O acompanhamento dessas patologias é fundamental para prevenir complicações. Para cada uma dessas condições, existem medidas de prevenção.
Pacientes hipertensos, por exemplo, devem medir seus níveis pressóricos com frequência para checar se os níveis de pressão arterial (PA) estão bem controlados. O descontrole pressórico torna os pacientes hipertensos mais suscetíveis a eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio, AVC, insuficiência renal aguda ou até mesmo crises hipertensivas.
O mesmo vale para a diabetes que às vezes possui uma gravidade cardiológica até maior que a hipertensão. O controle dos níveis glicêmicos é fundamental para a prevenção das consequências cardiológicas da diabetes.
Deve-se também monitorar com regularidade os órgãos-alvo que inclusive são muito semelhantes. O coração, os vasos cerebrais, a retina e a função renal são os principais alvos de complicações tanto na diabetes quanto na hipertensão. Por isso, a visita ao cardiologista (pelo menos anual) e a realização de exames diagnósticos é essencial nesse acompanhamento.
Já no caso da dislipidemia, é muito importante que se mantenha nos níveis mais adequados para seu risco cardiovascular. Por exemplo, se você é um paciente jovem e sem comorbidade, vai ter uma faixa ideal onde o LDL (colesterol ruim) deve se manter. Já se você é um paciente coronariopata com passado de infarto, a faixa de LDL ideal é menor, muitas vezes necessitando do uso de medicamentos para esse controle.
O aumento dos níveis de colesterol pode contribuir para o acúmulo de gordura nas artérias em qualquer lugar do organismo. Esse processo é denominado aterosclerose e é particularmente preocupante quando ocorre em coronárias (as artérias que irrigam o coração) e nos vasos cerebrais. Quando o acúmulo de placas de gordura nesses dois locais é muito grande podem ocorrer quadros de infarto do miocárdio ou AVC. Sendo assim, é muito importante o controle do colesterol, além de outros fatores de risco, a fim de evitar esses quadros que podem ser graves e possuem uma alta mortalidade.